Após acertar a saída do Náutico na última segunda-feira (11), o volante Souza falou sobre alguns assuntos, dentre eles, a rescisão com o clube, a polêmica com o ex-treinador do Timbu, Fernando Marchiori e os contatos para defender um novo clube.
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Em entrevista ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, Souza revelou que a sua intenção era cumprir o contrato com o Náutico até o final da próxima temporada e que não se arrependeu de retornar ao Timbu.
“Minha ideia nunca foi sair do Náutico. Eu queria cumprir o contrato e continuar em 2024, mas fiquei sabendo que o pessoal do (departamento de) futebol não contaria comigo. Desde então a gente vinha conversando para poder achar a melhor forma para o Náutico e pra mim também, e de ontem pra hoje a gente acabou acertando. Tem dois anos que eu voltei para o Náutico e não me arrependo. Foram dois anos difíceis, mas não me arrependo. Valeu a pena”.
O Náutico acertou um acordo com Souza de pagar os valores que o atleta tem direito em parcelas de aproximadamente R$ 30 mil durante o período de dois anos. O jogador explicou sobre a conversa que teve com Bruno Becker presidente eleito do clube, e com Rodolpho Moreira, gerente de futebol que inicialmente buscava reduzir o salário. E relembrou sobre a renovação de contrato feita neste ano.
“Quando teve a conversa com o Bruno foi em relação a achar a melhor solução para mim e para o Náutico. A primeira conversa que eu tive foi com o Rodolpho, ele queria que eu ficasse (para 2024) e baixasse o salário. A princípio falei que não, isso foi só uma conversa. Também apareceram outras opções de empréstimo, e acabaram não acontecendo”, disse Souza.
“Qual negociação você fala que não e acabou? Tenho os meus motivos naquele momento de não querer baixar o salário porque eu sei da dificuldade que é. Quando caiu e depois não subiu, o pessoal me culpou. Para baixar o salário e tomar uma pressão que é jogar no Náutico, às vezes, não vale a pena. Não obriguei ninguém à renovar”, continuou.
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Durante a Série C, ocorreu uma discussão entre o atleta e o então treinador Fernando Marchiori. Souza também aproveitou para falar sobre o que teria motivado o atrito naquele momento.
“Eu não queria falar para não criar mais polêmicas. Tenho histórico no futebol e ser acusado de mau caráter, de leva e traz, isso não existe. A pessoa não pode ficar calada com uma situação dessas. Tenho família, tenho filho, tenho caráter. Acusar de passar coisa (informações) para a imprensa… Você tem meu número e eu nunca atendi. Não gosto de polêmica”, afirmou.
“Tem coisas que você não tem como evitar, infelizmente. O Náutico estava em um momento importante (quando houve a confusão), mas só quem está ali sabe a reação. Tive uma conversa com a direção e, naquele momento, eles não queriam mandar o Marchiori embora e também queriam contar comigo até o fim. E eu falei que não queria jogar mais, mas decidi ficar, porque o momento do Náutico é maior do que eu. Mesmo sabendo que não iria entrar contra o Paysandu. Entrei porque o time tomou a virada durante o jogo. Fui na sala para deixar o ambiente tranquilo, pedi desculpas ao Marchiori perante ao grupo. E foi isso que aconteceu”, frisou.
Sobre o seu futuro, Souza revelou que está em negociações com um novo clube, e que caminha para um acerto em breve.
“Tive um contato do América-RN, que abriu negociação com o Náutico, mas acabou não acontecendo. Mas eles continuaram conversando comigo, a gente está conversando ainda, praticamente chegando a um acordo e eu devo ir para o América”.
Nesta temporada, Souza fez 41 partidas com a camisa do Timbu. Marcou onze gols e contribuiu com quatro assistências, sendo o artilheiro alvirrubro no ano. Após a eliminação na Série C, o jogador foi emprestado para a Ponte Preta, porém fez apenas três partidas pelo clube paulista e pediu para deixar a Macaca alegando problemas pessoais.