Por Felipe Holanda
Elano chega ao Náutico para sua primeira passagem pelo Nordeste. Ex-jogador de muito sucesso, defendendo Santos, Manchester City, Galatassaray e seleção brasileira, Elano virou treinador em 2019 e ainda busca seu espaço na carreira à beira do gramado. É justamente o que o Timbu precisa: um fato novo.
ELANO COMO TREINADOR
A decisão de seguir no futebol como técnico não se deu do dia para noite. Enquanto jogador, Elano sempre foi um atleta tático, que fazia várias funções em campo, principalmente no meio. A ideia, entretanto, só veio amadurecer de vez nos últimos dois anos da carreira como atleta, no Santos.
Criado na Vila Belmiro, foi lá que Elano deu os primeiros passos como treinador. Pendurou as chuteiras em 2016 e logo passou a ser auxiliar permanente da comissão técnica praiana. Assim que surgiu a primeira chance para comandar o time profissional, após Dorival Júnior ser demitido do cargo.
O ano era 2017 e logo de cara vieram duas vitórias com Elano no comando, antes da chegada de Levir Culpi ao Peixe. Meses depois, veio mais uma oportunidade, quando esteve à beira do gramado nos sete últimos jogos do Campeonato Brasileiro, entregando o time na terceira colocação e classificado para a Libertadores. À época, lançou atletas como Rodrygo, hoje no Real Madrid, e Yuri Alberto, atualmente no Corinthians.
Na sequência, Elano só veio reaparecer como técnico em 2019, dessa vez comandado a Inter de Limeira. A equipe fez um Estadual de 2020 sólido e chegou até as semifinais do Troféu do Interior. Pelo Leão da Paulista, disputou apenas 14 jogos, com cinco vitórias, dois empates e seis derrotas. Pediu para deixar o clube após derrota por 2 x 1 para o Guarani, em agosto.
De Limeira à Florianópolis. O Destino de Elano após o Paulistão foi Santa Catarina, onde treinou o Figueirense. Não durou muito. Por lá, conquistou seis vitórias em 17 partidas disputadas, sendo demitido após uma sequência de três revezes seguidos, o último deles num 3 x 0 diante do Vitória, pela Série B.
No mesmo ano, Elano também passou pela Ferroviária de Araraquara, agora com mais sequência. Foi justamente seu último trabalho, pedindo demissão após 17 triunfos em 39 jogos. Ao todo, ganhou 58% dos pontos disputados ao longo de quase um ano comandando a Locomotiva.
ELANO COMO JOGADOR
A carreira de Elano dentro das quatro linhas dispensa apresentações. Nasceu na cidade de Iracemápolis (SP) em 1981, e chegou ao Santos em 2001, jogando 38 partidas. No ano seguinte, o Peixe foi campeão Brasileiro ao vencer Corinthians. Elano jogou 42 jogos e marcou dez gols. Dois anos mais tarde, outro título nacional, até ser vendido para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Pela Europa, também defendeu Manchester City, da Inglaterra, e Galatasaray, da Turquia.
Voltou à Vila Belmiro em 2011. E junto com Neymar, Ganso e Robinho, foi campeão Paulista. O ex-meia, ao lado de Liedson, foi artilheiro do campeonato com 11 gols marcados. Em junho do mesmo ano, veio o título da Libertadores. Durante a campanha, Elano jogou 12 partidas e marcou três gols: um contra o Cerro Porteño e dois contra o Colo-Colo.
Em 2012, passou por alguns desentendimentos com a diretoria e acabou sendo envolvido em uma troca no dia 7 de julho com o Grêmio, que cedeu Ezequiel Miralles. Não conquistou nenhum título pelo Tricolor, ficando fora dos planos da diretoria gaúcha para 2014 até acertar sua transferência para o Flamengo por um ano.
A terceira passagem foi em 2017, mas com pouco espaço no Peixe, foi emprestado ao Chennaiyin no dia 17 de junho de 2015 até o fim do Campeonato Indiano. Após o término da “I-League”, Elano retornou ao Santos em 22 de dezembro e se juntou ao time. Conquistou o Paulistão de 2016 e fez parte do elenco que fez ótima campanha no Brasileirão daquele ano, quando pendurou as chuteiras.
Pela seleção, ele disputou 50 partidas e marcou nove gols, sagrando-se campeão da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações de 2009. Elano também disputou o mundial de 2010, na África, quando o Brasil foi eliminado pela Holanda, nas quartas.