O presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto se pronunciou através da assessoria de imprensa após o balanço financeiro do clube referente a 2022 ser reprovado pelo Conselho Deliberativo na última segunda-feira (28). O mandatário coral fez críticas a Marino Abreu, presidente do CD, e disse que ele estaria desacatando a legislação.
“O fato é que o senhor Marino Abreu, mais uma vez, desacata a legislação pátria. Ele não implementou a decisão do poder maior do clube, da Assembléia Geral Extraordinária (AGE), que elegeu e empossou 300 conselheiros e determinou a reinserção da Comissão Patrimonial no estatuto do clube. Por isso, sofreu uma intervenção judicial. Agora convocou uma reunião anual para apreciar as contas do Executivo, que mesmo com pareceres favoráveis, eles trataram de rejeitar, além de barrar os 300 conselheiros, não permitindo que eles ingressassem no auditório para votar. Mais uma vez desacatando a justiça”, disse Antônio Luiz Neto.
“Esta é mais uma atitude ditatorial do senhor Marino Abreu. Tratando mal as pessoas, gerando conflitos no Santa Cruz. Fato este que só prejudica o clube em um momento que estamos tentando implementar a SAF e que estamos em uma recuperação judicial buscando evitar a falência do Santa Cruz e a perda do patrimônio. Eu lamento muito tudo isso”, completou.
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Sobre a rejeição das contas referente ao ano de 2022, Antônio Luiz Neto afirmou que o balanço foi aprovado pela empresa Equity. E indicou que o assunto deve ser resolvido na justiça.
“Quem fez a auditoria foi a Equity, comandada pelo doutor Bruno Melo, um dos mais conceituados auditores do País, e que deu parecer favorável às nossas contas e recomendou a aprovação. No entanto, ocorreu do Conselho se reunir sem a presença da grande maioria dos conselheiros, que foram barrados, e o que nós vimos foi o resultado das contas serem rejeitadas injustamente. Mas certamente haverá uma correção nesse tipo de conduta ditatorial do Conselho Deliberativo”.
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O presidente aproveitou para pedir união entre os tricolores para a implementação da SAF no clube, que segundo ele, é uma medida importante para evitar a falência do clube, e exaltou a sua gestão, onde de acordo com seu testemunho, conseguiu colocar os salários clube em dia.
“O Santa Cruz precisa de união neste momento. 95% dos tricolores que colaboram com o clube estão conosco. Eles participam do Conselho conosco. São médicos, são advogados, são profissionais liberais, são comerciantes, pessoas do Ministério Público, da magistratura, da Defensoria Pública… Enfim, tricolores de todas as matizes que, unidos, estão nos ajudando a salvar o clube. A nossa grande missão que aceitamos ao retornar para administrar o Santa Cruz foi evitar a falência”, apontou.
“O clube foi colocado na Série D, com todos os recursos antecipados, e muita dificuldade para que pudéssemos gerir o clube. Mesmo assim, conseguimos colocar em dia os funcionários, os jogadores e a comissão técnica até o último jogo. Infelizmente, não conseguimos formar o time que queríamos. O fato é que nossa luta hoje é para salvar o Santa Cruz e vamos conseguir”, continuou.
No fim do pronunciamento, pediu o fim do clima de ódio dentro do clube e afirmou que o Santa Cruz precisa de pessoas que agreguem para voltar ao caminho do crescimento.
“Vamos tornar o clube uma SAF e certamente com a ajuda de todos os nossos conselheiros e a torcida. Quem desagrega, devia se afastar. Quem não vai ao clube, devia se afastar e não fomentar o ódio, a desagregação e a desunião de um clube que sempre cresceu e sempre foi adiante em razão da união entre as pessoas”.