Por Felipe Holanda
Dallas, 9 de julho de 1994. Há exatamente 28 anos, o Brasil venceu a Holanda por 3 x 2 em jogo que ficou marcado pela melhor atuação da campanha do Tetra e carimbou vaga nas semifinais da Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos.
TESTE PARA CARDIÁCIO
Cima era de vingança, pelo menos para os brasileiros. Afinal, a Holanda de Cruyff, Neeskens e do técnico Rinus Michel já havia eliminado a Seleção da Copa de 1974. Vinte anos mais tarde, veio a revanche. Os sul-americanos de azul e os europeus de branco, assim como no passado. O Brasil seguia com as mesmas três estrelas no peito, tal qual no mundial da Alemanha. Parado no tempo.
A expectativa deu lugar ao nervosismo nos minutos iniciais e o primeiro tempo foi morno. Nem parecia quartas de final de Copa. Sem chances claras para nenhum dos lados. Até que o Brasil veio fulminante na etapa final. Logo aos oito minutos, Romário inaugurou o placar em Dallas: passe longo de Aldair, cruzamento rasteiro de bebeto e finalização de primeira do baixinho.
NANA NENÉM
Dez minutos depois, Bebeto ampliou, embalando a vitória brasileira, que parecia garantida. O camisa 7 inspirou gerações ao comemorar o nascimento do filho “embalando-o” junto a Romário e Mazinho. Foi justamente naquele 9 de julho que nasceu Mattheus de Andrade Gama de Oliveira. Mais tarde, Mattheus se tornaria jogador de futebol. Estava escrito.
Mas veio a pane geral logo na sequência. A Holanda empatou, com Bergkamp e Winter. Requintes de drama em Dallas. Até que o time brasileiro ganhou, literalmente, uma falta na entrada da área. Era de longe. Na bola, Branco, tão criticado, longe de suas melhores condições físicas. O lateral- esquerdo cobrou a falta de sua vida. Romário, na grande área, área, desviou corpo e correu para o abraço com Branco. Gol de letras garrafais e placar selado: 3 x 2 Brasil.
FICHA
Brasil: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco (Cafu, aos 45’ do 2º T); Mauro Silva, Dunga, Mazinho (Raí, aos 36’ do 2º T) e Zinho; Bebeto e Romário. Técnico:
Carlos Alberto Parreira.
Holanda: De Goey; Aron Winter, Valckx, Ronald Koeman e Witschge; Wouters, Rijkaard (Ronald de Boer, aos 20’ do 2º T) e Wim Jonk; Overmars, Bergkamp e Van Vossen (Roy, aos 9’ do 2º T). Técnico: Dick Advocaat.
Placar: Brasil 3×2 Holanda (Gols: Romário-BRA, aos 8’, Bebeto-BRA, aos 18’,
Bergkamp-HOL, aos 19’, Aron Winter-HOL, aos 31’, e Branco-BRA, aos 36’ do 2º T).
Local: Estádio Cotton Bowl, Dallas, EUA.
Juiz: Rodrigo Badilla (Costa Rica)
Público: 63.500 pessoas