Por Edson Junior
Após três reuniões em busca de uma conciliação entre Executivo e Conselho Deliberativo do Santa Cruz que não resultaram em acordo, o desembargador do Tribunal de Justiça, Silvio Neves Baptista Filho divulgou seu parecer nesta segunda-feira (25). E manteve as decisões tomadas pelo Conselho Deliberativo na última reunião em 28 de agosto, onde as contas do clube foram reprovadas.
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Com isso, o mandatário coral pode ser afastado do cargo e ficar inelegível nos próximos dez anos, de acordo com o artigo 41 do Estatuto do Santa Cruz.
“Eventuais questionamentos quanto a regularidade da convocação da Reunião do dia 28.08.2023 mostra-se estranho ao presente recurso e devem ser alvo de medida judicial própria ou, em última análise, dirigidos ao juízo da Recuperação Judicial sob pena de supressão de instância. Isto posto, deixo de acolher o pedido de nulidade da Reunião”, escreveu o desembargador em seu parecer.
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Outro ponto abordado foi a posse dos 300 conselheiros, que era uma solicitação do executivo. Em junho, este foi um dos motivos apontados para o afastamento de Marino Abreu do cargo de presidente do Conselho Deliberativo.
De acordo com o entendimento do desembargador, não houve nenhum descumprimento de decisão judicial por parte do presidente do Conselho.
“Não considero ter havido descumprimento da decisão judicial por mim proferida, na medida em que nenhum ato foi praticado pelo Interventor no que se refere à eleição e posse dos 300 (trezentos) Conselheiros à falta de elementos que evidenciem o descumprimento da decisão interlocutória recursal”.
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No documento, o desembargador lamenta o momento conturbado entre os poderes do Santa Cruz. Segundo Silvio Neves Baptista Filho, a queda de braço entre os dois lados, não contribui para a retomada do clube.
“Incomoda a todos que acompanham de perto o futebol local ver o tradicional time pernambucano, que outrora trouxe tantas alegrias à sua fidelíssima e apaixonada torcida, afundar-se em brigas que nada contribuem para o soerguimento do clube”.
Com isso, o pedido protocolado pelos conselheiros que visa o afastamento do presidente do Executivo, Antônio Luiz Neto, que estava parado por conta das reuniões de negociação, deve voltar a ter andamento após não haver acordo entre as partes.