O Náutico voltou a vencer na última segunda-feira (16), batendo o Maringá por 2×1, no estádio dos Aflitos. Resultado que fez o Timbu encostar no G-8 da competição e encerrou um jejum de quatro partidas sem vencer, contando os jogos da Copa do Brasil e Copa do Nordeste.

Em entrevista, o técnico Hélio dos Anjos fez uma análise sobre a atuação da equipe alvirrubra, festejou a vitória destacando os trabalhos realizados durante a semana e fez elogios ao adversário.
“Enfrentamos uma equipe com um modelo de jogo de mais de dois anos, vice-campeã paranaense, passando nas semifinais do Athletico, fora de casa. Um time de ligação direta o tempo todo. Não tínhamos como marcar pressão o tiro de meta deles, porque é um time de ligação direta. Trabalham com sete jogadores na estrutura ofensiva, faz a ligação com o centroavante e brigam pela primeira e segunda bola. Sabíamos que é o único time no futebol brasileiro que marca individualmente o tempo todo”, disse.
“Fizemos um jogo totalmente em função do adversário. Tivemos dois períodos de treinos a mais do que quando tivemos a semana aberta. O trabalho foi para sair da marcação individual deles e criar situações. Poderíamos ter definido o jogo no primeiro tempo. Estamos a um ponto do oitavo colocado”, completou.
Hélio dos Anjos também fez críticas as condições do gramado do estádio dos Aflitos para o confronto. Segundo o treinador, o gramado estar bem cuidado não é sinal que o piso está bom.
“Falei agora no vestiário, é um absurdo os Aflitos ficar 30 dias parado. Eu queria que vocês entrassem em campo para ver o que é um time de futebol, o nosso e o deles, jogar no campo que nós jogamos. Campo não é grama, campo é piso. Na minha concepção, o time deles sustentou até os 30 do segundo tempo e depois eles também deram uma assentada e isso facilitou para nós. Foi uma dificuldade muito grande”.
Nos Aflitos, Náutico supera o Maringá e cola no G-8 da Série C
Durante a coletiva, o treinador alvirrubro também aproveitou para pedir que a oposição não inviabilize o trabalho que vem sendo realizado no clube e pediu para que a questão política seja tratada no clube após o término da Série C.
“Quero pedir às pessoas do Náutico para não inviabilizar o trabalho. Nos cobrem, estamos aqui para isso, para trazer resultado. A diretoria está para tomar decisões, correr atrás. Se forem trazer, como tentaram essa semana que passou, inviabilidade ao Náutico por causa da política do clube, o Náutico vai afundar”, falou.
“Se inviabilizarem a sobrevivência do Náutico nesse momento, não vamos conseguir pagar salário, ter estrutura para trabalhar, treinar. Vai acontecer uma eleição. Ganhe quem tiver condições de ganhar, mas deixa essa eleição para a disputa final. Deixem o clube progredir até outubro e, a partir de outubro, fazer a política”, frisou.
O técnico alvirrubro também comentou que se for necessário, caso o vencedor da eleição não queira a permanência dele para a próxima temporada, ele abre mão da cláusula automática para prorrogar o vínculo com o clube.
“Tenho uma renovação automática se subir. Se chegar em dezembro e as pessoas que ganharem acharem que não sirvo, eu não vou deixar prevalecer meu contrato. Eu entrego o cargo sem fazer o clube me pagar aquilo que é a renovação. Eu saio, mas por favor: o Náutico é grande e precisa de paz. Inviabilizar será ruim para todos. O Náutico continuar na terceira é ruim para todos. Subindo para segunda é um salto grande para reestruturar o clube”.
O Náutico está na 9° colocação com 12 pontos, um a menos que o Ituano, primeiro clube dentro do G-8 da Série C do Brasileiro. O Timbu volta a campo no domingo (29), contra o Tombense, no estádio Antônio Guimarães de Almeida, em Tombos.