Por Edson Junior
Na tarde da última quarta-feira (26), um grupo de oposição a atual gestão do Náutico se reuniu em defesa da renúncia do atual presidente Diógenes Braga. O movimento é liderado por Plínio Albuquerque, que foi candidato no último pleito do clube e aponta vários erros cometidos na atual gestão para defender a saída do atual mandatário do clube.
Torcida Hits: Maciel Júnior analisa campanhas de Sport e Náutico na Série B
Bruno Becker, que também foi candidato na última eleição do clube, Tiago Dias, ex-diretor de futebol, Aluísio Xavier, Newton Morais e Ernesto Cavalcanti foram alguns nomes presentes.
O grupo apresentou uma carta com assinatura de 100 sócios que concordam com a renúncia do atual presidente do clube. Plínio criticou a liderança do atual presidente do clube, que em sua visão tem sido solitária.
“A liderança de Diógenes é solitária. Isso traz danos. Nenhum torcedor, nem o mais apaixonado, tem a capacidade de gerir um clube com a grandeza do Náutico sozinho. Isso é sinônimo de falência”.
Geuvânio solicita desligamento e não faz mais parte do elenco do Náutico
Plínio também afirma que procurou o presidente e o questionou em alguns assuntos relacionados ao clube.
“Procuramos o presidente, através de um mediador, antes do jogo contra o CSA, e dissemos que o clube ia descer para Série C. Que era preciso tomar uma providência enérgica, em caráter de urgência. Ele foi claro, dizendo que ‘tudo estava sob controle’. Disse que não cairia e que estava bem administrativamente”, disse.
“Eu perguntei se pagar em dia era estar bem administrativamente. O que falar do CT? O que falar da saída dos últimos treinadores, que botaram o clube na justiça? Da reclamação dos torcedores, como a falta de higiene dos banheiros? As diversas contratações erradas? Sou prova de que muitos alvirrubros tentaram ajudar, mas não conseguiram. Eu disse que ele não era dono do Náutico. O clube tem uma torcida apaixonada. Ele foi colocado democraticamente pelos sócios, mas é como se fosse um ‘CEO’, com contrato de dois anos. Com uma péssima gestão no primeiro ano, com prejuízo na casa dos R$ 50 milhões”, continuou.
Maurício é mais um atleta que solicita rescisão no Náutico
Plínio reforçou que não é um pedido de impeachment e sim um pedido para que o atual presidente renuncie ao cargo mediante as situações que não deram certo em 2022.
“Reforçando, não é impeachment. Gostaria de deixar isso muito bem claro. É renúncia. Estamos pedindo, carinhosamente, delicadamente e educadamente, que o presidente entenda que ele tentou, se esforçou, colocou as habilidades na mesa e diante do clube que ele ama, mas não deu certo. Então, o Náutico é maior do que todos eles. Presidente Diógenes Braga, todos os senhores da mesa pedem que o senhor renuncie ao cargo. O senhor tentou, mas não conseguiu. O Náutico é muito maior que todos nós”
O conselheiro Bruno Becker que participou da gestão de Edno Melo citou que o clube precisa de mais diálogo e em contrapartida ao que disse Plínio, afirmou que não se pode descartar um processo de impeachment.
“Apesar do momento do clube, falo da minha alegria neste momento. Mais do que união, o Náutico precisa de diálogo e respeito às divergências. Não se pode descartar um processo de impeachment. Tenho obrigação enquanto conselheiro de falar nesse sentido. Se continuar os desmandos de descumprimento de estatuto, é dever do conselheiro e startar. Não é a melhor saída para o clube. É um processo longo, que vai desgastar muito o clube. De onde nós estamos até um pedido, tem muito a ser feito. O presidente pode contribuir para que não chegue nesse ponto”.