Por Edson Junior e Marcos Leandro
O Náutico está matematicamente rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro. Com a vitória da Chapecoense por 3×2 sobre o Tombense, nesta sexta-feira (21/10), na Arena Condá, pela 36ª rodada, o Timbu não pode mais evitar a queda para a Terceira Divisão. A Chape chegou aos 42 pontos. O primeiro time fora da zona de rebaixamento agora é o Novorizontino, com 41. Mesmo se o alvirrubro vencer seus três jogos restantes – Grêmio, a própria Chapecoense e a Ponte Preta -, só chegaria aos 39, uma vez que é o lanterna, com 30 pontos. Desta forma, o Náutico já vai jogar domingo (23), contra o Grêmio, nos Aflitos, já sabendo que em 2023 vai estar na Terceirona.
O Timbu volta à Série C após dois anos, quando conquistou o acesso sendo campeão da competição em 2019 diante do Sampaio Corrêa.
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MUITOS ERROS
No ano de 2022, o planejamento do Náutico foi falho principalmente nas contratações durante a temporada. Foram 31 contratações de atletas, além de cinco treinadores no comando da equipe ao longo do ano.
Desses 31 atletas contratados, 12 foram atacantes, mais de um time apenas para a posição mais avançada do campo. Na segunda janela de transferências do ano houve uma reformulação no grupo onde 11 novas peças foram contratadas e 10 jogadores saíram do clube, mais um fator que pesou para o desempenho da equipe no campeonato.
Para o gol chegaram Lucas Perri e Jean para suprir a sua saída do próprio Perri no último dia da segunda janela de transferências. Para a lateral direita chegaram Victor Ferraz, Thiago Ennes e Anílson para suprir as perdas de Hereda e Bryan lesionados. Para a lateral esquerda chegaram João Lucas e Aílton Silva que saiu no meio da competição.
Na zaga foram contratados Wellington, João Paulo e Bruno Bispo, este último pediu desligamento no decorrer da competição. Posteriormente foram contratados Arthur Henrique e Maurício para suprir as saídas de Camutanga e Carlão. No meio campo chegaram sete jogadores: Ralph, Richard Franco, Nascimento, Souza, Thomaz, Jobson e Eduardo Teixeira, este último saiu do clube no decorrer da Série B.
RECORDE NO ATAQUE
O recorde de contratações foi no setor de ataque, doze atletas foram trazidos para o setor. Alguns saíram do clube no decorrer da competição, casos de Niltinho, Ewandro, Leandro Carvalho, Jonathas Jesus e Luis Phelipe. Os outros atletas contratados foram Robinho, Léo Passos, Amarildo, Pedro Vitor, Júlio Vitor, Everton Brito e Geuvânio.
DANÇA DAS CADEIRAS
Além disso, o clube teve cinco treinadores diferentes ao longo do ano. Quem iniciou a temporada foi Hélio dos Anjos que comandou a equipe em apenas seis jogos e foi demitido do clube após problemas internos com a direção. Felipe Conceição foi o escolhido para substituir Hélio, comandou o time por 13 jogos e foi demitido após a derrota na estreia da Série B contra o Londrina.
Roberto Fernandes foi o escolhido para comandar a equipe e ficou a frente do comando técnico alvirrubro em 18 jogos, sendo demitido após a derrota para a Chapecoense nos Afltios por 2×1 ainda no primeiro turno. Após a saída de Roberto Fernandes, Elano chega para ser o quarto treinador do clube na temporada e teve um desempenho muito fraco permanecendo apenas seis jogos como comandante, sendo demitido após derrota em casa para o Vila Nova por 2×1, em jogo marcado pelo bate boa entre Elano e Jean Carlos. Após esse jogo o executivo de futebol à época Ari Barros também foi demitido.
O escolhido para substituir Elano foi Dado Cavalcanti, treinador que conclui o ano à frente da equipe, para a vaga de Ari Barros, Nei Pandolfo foi o escolhido como novo diretor de futebol do clube.
Veja abaixo o desempenho dos treinadores que passaram pelo Náutico em 2022
Hélio dos Anjos: 6 jogos – 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas
Felipe Conceição: 13 jogos – 4 vitórias, 4 empates e 4 derrotas
Roberto Fernandes: 18 jogos – 5 vitórias, 6 empates e 7 derrotas
Elano Blumer: 6 jogos – 1 vitória e 5 derrotas
Dado Cavalcanti: 10 jogos até o momento: 3 vitórias e 7 derrotas