Na noite desta quarta-feira (30), o Sport tornou público o balanço financeiro referente ao ano de 2024 (confira aqui). O documento que foi produzido em parceria com a empresa de consultoria Alvarez & Marsal traz com detalhes informações sobre as receitas, despesas, investimentos e dívidas do clube no ano que conseguiu o acesso para disputar a Série A do Campeonato Brasileiro.
Um destaque entre as receitas obtidas foi a negociação de 100% dos direitos econômicos de Pedro Lima por 10 milhões de euros (R$ 60,2 milhões) para o Wolverhampton, da Inglaterra. A venda do garoto formado na base do Leão é a maior da história de uma equipe do Nordeste. O clube recebeu 60% do valor em dezembro de 2024 e os 40% restantes serão pagos no final de 2025.
O Sport também informa que houve um aumento acima do esperado na arrecadação referente ao orçamento dos direitos televisivos chegando a R$ 25,2 milhões incluindo premiações, citando o acesso para a Série A e a entrada na Liga Forte União como fatores importantes. As contribuições de associados com o clube também tiveram crescimento. Em 2023 foram R$ 12,6 milhões, porém em 2024 o número subiu para R$ 15,2 milhões. Um aumento de R$ 2,6 milhões e 5% acima do orçado pelo Leão, tendo um pico de 25.662 sócios e 28.395 dependentes. As receitas comerciais do clube apresentaram um aumento de R$ 1,8 milhão em relação à 2023 e ficou 57% acima do orçamento feito pela gestão rubro-negra.
Investimentos e Despesas
Dentre as despesas, o Sport afirma que precisou realizar investimentos maiores que nos anos anteriores para formar o elenco visando a disputa da Série B do Brasileiro, incluindo prorrogações de contratos, novas contratações, salários, luvas e intermediações devido a inflação no mercado do futebol. Além disso, o clube realizou investimentos em logística visando garantir uma preparação mais adequada para os jogos na temporada, e inclui os custos com materiais esportivos, esses foram mantidos de 2023 para 2024.
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Outros investimentos foram realizados na infraestrutura do clube como a reforma na Ilha do Retiro (troca de gramado e iluminação, reformas voltadas a acessibilidade, melhorias nos vestiários, espaços de aquecimento dos jogadores e bancos de reservas) e no Centro de Treinamento (reforma total da estrutura administrativa do departamento de futebol, reformas na academia, vestiários, banheiros e áreas auxiliares). O clube também destaca a aquisição do terreno anexo a atual área do CT e a aprovação do projeto de retrofit da Ilha do Retiro junto à Prefeitura do Recife.
O período que atuou na Arena de Pernambuco de janeiro até outubro de 2024 trouxe uma queda de arrecadação nas bilheterias, um aumento nos custos operacionais, além de perder receita com estacionamento e vendas de alimentos e bebidas, rendas que o clube consegue quando atua na Ilha do Retiro. Outro fator que impactou nas finanças do clube foi a punição imposta pelo STJD no início do ano, onde o Leão precisou atuar quatro partidas com portões fechados.
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Por fim, o clube informa que recomprou 5% dos direitos de televisão dentre os 20% que foram vendidos a Liga Forte União, porém esse valor será contabilizado no balanço financeiro de 2025. Outra situação em destaque é a aprovação do Plano de Recuperação Judicial na Assembleia de Credores que ocorreu em 2024, que vai ajudar a reestruturar a dívida do clube. Esse processo só irá ter impacto no passivo quando o plano for homologado.
Sendo assim, a receita bruta do clube saiu de R$ 72,9 milhões para R$ 135,9 milhões. As receitas recorrentes subiram de R$ 70,2 milhões para R$ 75,7 milhões. A dívida operacional também sofreu um aumento de R$ 210,1 milhões para R$ 224,2 milhões.